quinta-feira, dezembro 11, 2008

Flamengo leva balão de Ronaldo

O Flamengo, visivelmente magoado e ressentido, acusa Ronaldo Fenômeno de tramar em segredo seus planos e partir sem dizer adeus. Pudera! Uma união estável tão bonita já estava estabelecida: muito carinho e cuidado de um lado, juras de amor eterno do outro. 

Ronaldo insiste em negar sua traição, considerada por muitos pior que a da mulher do prefeito na novela das oito. Defende seu casamento com seu amante de São Paulo com unhas e dentes. Diz que não aguentava mais as promessas de casamento do Flamengo. "Aliança no dedo que é bom, nada", lamenta. 

Há quem diga que o péssimo relacionamento do Flamengo com a agora ex-sogra, Dona Nike, foi fundamental para a decisão de Ronaldo. Sua mãe parece se entender muito bem com o Corinthians, enquanto o Flamengo parece querer vê-la pelas costas. 

O novo cônjuge do Fenômeno pula de alegrias e convida a sociedade para a cerimômia. À boca miúda corre nos bastidores que a nova relação dura, no máximo, um ano. Dizem que o Corinthians não vai suportar a fama de Ronaldo, que ficará inseguro com relação à sua fidelidade, afinal, seu passado recente o condena. 

Ainda abalado, o Flamengo fala em Adriano. Porém, o medo de uma nova decepção amorosa faz com ande pisando em ovos. 

terça-feira, novembro 04, 2008

Inglês assalta brasileiro em São Paulo

SÃO PAULO - O brasileiro Felipe Massa teve seu Título Mundial de Fórmula 1 roubado neste domingo, dia 2/11. O assalto aconteceu na região de Interlagos, num dia atípico de trânsito livre em São Paulo. O assaltante, um alemão identificado apenas como Timo, dirigia um Toyota e usava uma pistola Glock, segundo testemunhas.

A polícia suspeita que Timo agia a mando de um inglês conhecido como Lewis Hamilton. No momento do crime, testemunhas entraram em contato com o 190 para reportar o assalto. Contaram que viram o alemão indo ao encontro de Hamilton, que dirigia um Mercedes, para entregar-lhe o Título. "Foi incrível a frieza dos dois. Na entrega da mercadoria, ainda tiveram coragem de trogar um abraço", relatou uma testemunha que não quis se identificar. A desconfiança sobre o inglês Hamilton é a de que tenha encomendado o assalto em troca de favorecimentos ao alemão, dado o seu poder de influência. 

A investigação não poderá ser levada adiante e o caso será arquivado, pois Felipe Massa não quis registrar queixa.

quinta-feira, outubro 30, 2008

punidos por São Judas Tadeu

A união estável entre Flamengo e São Judas Tadeu sofreu um abalo. Parece que o Santo resolveu punir a equipe por antecipar (e mudar de local) em um dia as tradicionais preces a São Judas Tadeu. Tudo por causa da viagem para jogar na Bahia.
Como a maioria das pessoas, o Santo não gosta de ter seu "aniversário" antecipado.
Resultado: o Flamengo conseguiu as realizar o impossível, mas não da melhor maneira. A quantidade de gol perdidos foi incrível e o empate com o Vitória, na Bahia, impediu que o time encostasse no lider.
Ocupando a quinta colocação, a três pontos do líder e a seis rodadas do final do campeonato, o momento é de fazer as pazes com São Judas e pedir que ele faça plantão até o natal.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Dinheiro nasce em árvore

Ao contrario do que costumam apregoar, Dinheiro nasce, sim, em árvore. Porém, seu cultivo é muito difícil. Se em sua plantação tiver apenas árvores de Dinheiro, com certeza ele não vai crescer.

Dá trabalho, é preciso plantar muitas coisas em volta para que se obtenham frutos. Qualidade, Confiança, Perseverança, Esperança e Respeito são algumas das árvores que devem acompanhar as de Dinheiro.
As pessoas gostam muito do Dinheiro. Gostam tanto que começaram a procurar uma forma dele render mais do que normalmente renderia. Surgiu então uma espécie híbrida de Dinheiro, conhecida como Dinheiro Fácil. Apesar de parecer igualzinho ao Dinheiro de antes, o novo não possui os mesmos nutrientes e valores.
O Dinheiro Fácil pode ser plantado em sistemas de monocultura. E os frutos crescem rápido, às vezes no mesmo dia. Para isso, é preciso usar o agrotóxico Especulação, uma forma de fazer a terra acreditar que Dinheiro Fácil é fonte de nutrientes futuros.
O Dinheiro Fácil se transformou em uma erva daninha que todo mundo quer. Apesar de não ter sabor, causa dependência. Ao corpo humano, causa dificuldades de absorção de Honestidade, Comprometimento, Fidelidade e Caráter.
Quando muita gente planta do Dinheiro Fácil, a agricultura entra em crise, pois os outros cultivos ficam deficientes. A colheita do Dinheiro Fácil também é prejudicada. Os produtores deste fruto, agora portadores de doenças como Ganância e Desonestidade, tentam convencer o mundo a usar seu Dinheiro para financiar o Dinheiro Fácil.
A droga ainda não foi proibida. Quase não há clínicas de recuperação para viciados. O mundo clama pela proibição deste entorpecente.

quarta-feira, outubro 22, 2008

A vida é melhor ali?

O Metrô Rio praticamente "envelopou" suas estações (veja foto abaixo) para anunciar as "maravilhas" do Cartão Pré-Pago.
Avisam com letras garrafais que o cartão unitário tem validade de apenas dois dias além do da compra. E que o pré-pago tem validade ilimitada.
Nas entrelinhas: "se você insistir em usar o unitário será castigado! Além de enfrentar fila, sua passagem expira!".
Assim, no lugar de criarem campanhas de incentivos, como descontos, recarga automática, "viaje à vontade no final de semana", estabeleceram a união estável com seus passageiros/clientes/vítimas com base no que podemos chamar de marketing de punição, através de ameaças. O usuário que não quiser ser punido, usa o serviço novo.
Não inventaram um serviço vantajoso, apenas montaram uma armadilha para obrigar as pessoas a fugirem dela. Como se já não bastassem os trens superlotados que temos de enfentar todos os dias.

terça-feira, outubro 21, 2008

Entre o abismo e o precipício

O quadro desenhado para o segundo turno das eleições municipais do Rio de Janeiro se alinha muito bem à ironia-chave deste blog. Qual a posição de cada candidato? De que partido são? De que partido foram? Eleitores, partidos políticos e candidatos derrotados se vêem diante de um paradoxo difícil de ser compreendido.
De um lado, representando a base governista, Eduardo Paes com suas inúmeras trocas de partido – PV, PSDB, PFL, PTB, PFL de novo, PSDB e PMDB – e mudanças de comportamento. Se um dia ataca Lula, no outro é só elogios. Claro, não pode deixar de ter o apoio do presidente, dada sua imensa popularidade.
Do outro, aliado ao PSDB e ao DEM (antigo PFL), o candidato do PV (e da classe artística), Fernando Gabeira. A imagem romântica de militante contra a ditadura militar e defensor da descriminalização das drogas se confunde com a de um político das elites, fianciado pelo neoliberal Armínio Fraga.
O primeiro, com trajetória política de centro-direita, é representante da centro-esquerda, enquanto o segundo fez exatamente o caminho inverso, saindo da centro-esquerda para representar a centro-direita. Resumo da ópera: o eleitor de esquerda não se sente confiante para votar em Paes; o eleitor de direita, da mesma forma, não fica à vontade para votar em Gabeira. O mesmo pode ser dito das correntes políticas que, entre o abismo e o precipício, esperam a ordem que vem de cima para seguir um caminho.Os personagens do segundo turno carioca não têm papel definido. Num ambiente tão pasteurizado, cabe aos eleitores a difícil tarefa de diferenciar o que parece ser seis do que parece ser meia dúzia para votar com confiança de que está fazendo a escolha certa.

quinta-feira, setembro 25, 2008

estabilidade

Uniões estáveis são tão estáveis como as postagens deste blog. 
Às vezes, depois de algum tempo adormecidos, percebemos que deixamos um projeto em segundo (ou terceiro) plano. 
São tantas informações e possibilidades disponíveis que é difícil nos concentrarmos em todas ou darmos devida atenção a apenas algumas. 
Começar um novo projeto é muito fácil no mundo digital/virtual. Difícil é dar continuidade. Alguns passos que damos à fente são suficientes para desviar nossa atenção e mudar a nossa rota. 
Navegamos num mar de informações com escassez de atenção. Estamos à deriva! 
Se não usarmos a pouca atenção que nos resta para seguir um caminho, corremos o risco de nos afogar em informação, por falta de conhecimento para sobreviver.
Por vezes, no meio da maré, nos deparamos com um caminho esquecido. Será que dessa vez conseguimos segui-lo até o fim? Ou será que nos desviaremos ao primeiro estímulo?

até amanhã (ou até o dia que este caminho vir a meu encontro)